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África Rumo ao Futuro: 438 Milhões de Usuários de Internet Móvel Até 2030!
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

África Rumo ao Futuro: 438 Milhões de Usuários de Internet Móvel Até 2030!

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A GSMA prevê que até 2030, África terá 438 milhões de utilizadores de Internet móvel, um grupo de nativos digitais experientes, prontos para trabalhar e fazer negócios online.

África Rumo ao Futuro: 438 Milhões de Usuários de Internet Móvel Até 2030!
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Ataques Cibernéticos

Uma média de 2960 ataques. Este é o número de ataques cibernéticos a que uma organização média em África é sujeita, todas as semanas! É um número impressionante e cresce rapidamente todos os anos. O número deste ano aumentou 37% (https://apo-opa.co/3ZAiLzA) em relação ao ano passado, de acordo com a Checkpoint Research.

África não só está a sofrer milhares de ataques cibernéticos, como é a região com a média semanal mais elevada do planeta. A média mundial é de 1636 ataques por semana.

Os ciberataques fazem hoje parte integrante do panorama empresarial e África é um alvo importante. Dada a dimensão do problema, a cibersegurança é um requisito fundamental para qualquer empresa, ONG ou entidade governamental que tente operar no continente.

Vulnerabilidades cibernéticas

O que torna África particularmente vulnerável é a falta de infraestruturas e de recursos do continente devido a limitações orçamentais; falta de consciência da natureza verdadeiramente crítica do problema; letargia legislativa e política; e uma escassez contínua de profissionais com formação em cibersegurança.

Outra vulnerabilidade é a população jovem do continente. Embora seja um enorme trunfo, ter uma população jovem também traz riscos. 70% da população africana tem menos de 30 anos, segundo as Nações Unidas (https://apo-opa.co/3Y0XIFh), e esta componente jovem ainda vai aumentar.

Os jovens carecem frequentemente de recursos financeiros e habituam-se a comprometer a sua cibersegurança para aceder à conectividade, seja através da partilha de dispositivos, da ligação a redes Wi-Fi em locais públicos ou da utilização de ligações não encriptadas.

Outro risco é que o sector da educação (https://apo-opa.co/3ZAiLzA) centrado nos jovens se torne o sector que sofre mais ataques cibernéticos. Tal deve-se em parte ao aumento da educação online desde a pandemia de Covid-19.

As instituições de investigação e ensino são também frequentemente alvos principais dos cibercriminosos, devido às informações sensíveis que detêm e ao facto do ensino à distância envolver frequentemente vários grupos de utilizadores online.

Pirataria de conteúdo

Os jovens são também utilizadores entusiastas de conteúdos de entretenimento. Tal pode torná-los mais dispostos a procurar conteúdo pirata, que apresenta riscos significativos, malware, ransomware, fraude e roubo de identidade, para mencionar apenas alguns.

Estes riscos levaram ao surgimento da iniciativa Partners Against Piracy, com o grupo de entretenimento MultiChoice Africa e a empresa de cibersegurança Irdeto, uma coligação pan-africana para combater a pirataria de conteúdos.

Esta iniciativa anti-pirataria registou progressos significativos, tendo a Irdeto e outros intervenientes importantes conduzidas cerca de 155 raids em África em 2024; e o encerramento de 4351 redes de conteúdos piratas.

Frikkie Jonker, Director de Anti-pirataria de Cibersegurança na Transmissão da Irdeto (empresa subsidiária do MultiChoice Group) afirmou que a polícia e os sistemas judiciais de África também estão a fazer avanços constantes no combate à pirataria de conteúdos. Houve actualizações na legislação sobre cibercrime na Nigéria, no Quénia e na Tanzânia, e um total de 107 detenções foram efectuadas em África este ano.

Apesar do risco de pirataria nos canais da cultura jovem, o dividendo da juventude em África é uma vantagem significativa à medida que o mundo adopta economias digitais conectadas. A GSMA (https://apo-opa.co/3XJ3mKx) prevê que até 2030, África terá 438 milhões de utilizadores de Internet móvel, um grupo de nativos digitais experientes, prontos para trabalhar e fazer negócios online.

Esta rápida transformação digital aumenta a necessidade de uma cibersegurança robusta nas economias africanas. A ameaça é real. Em 2023, a Checkpoint (https://apo-opa.co/3ZAiLzA) encontrou apenas sete países africanos classificados entre os 50 primeiros em termos de preparação para a cibersegurança.

Aumentar a resiliência

Aumentar a resiliência do continente contra as ciberameaças exigirá iniciativas em várias topicos:

Sensibilização e educação:é fundamental incluir a educação em cibersegurança nos currículos escolares, nos programas de formação empresarial e nas campanhas de sensibilização pública.
Investimento:A cibersegurança é uma área sofisticada e especializada, melhor gerida por especialistas com competências relevantes e actualizadas. As organizações devem orçamentar para recrutar estes especialistas para construir estruturas de cibersegurança robustas.
Legislação:As considerações de cibersegurança devem ser integradas nas políticas para garantir que a resiliência cibernética é legislada e que os cibercriminosos são processados e detidos. Tal requer cooperação internacional e intersectorial.
Protecção de infraestruturas:A cibersegurança requer infraestruturas de segurança da informação, uma enorme fraqueza em África. Os Relatórios (https://apo-opa.co/3Y3erI4) mostram que 90% das empresas africanas operam sem protocolos de cibersegurança abrangentes. Uma infraestrutura inadequada ou desactualizada limita a sua capacidade de detectar, prevenir e responder eficazmente a ataques cibernéticos.
Parcerias público-privadas:O sector privado tem experiência em cibersegurança e conhecimento ágil do sector. Os governos têm orçamentos e a força política para fazer. Uma abordagem coordenada e de parceria é a forma ideal de desbloquear estas respectivas competências para benefício de todos.
As funções nacionais como a saúde, a educação, os serviços sociais e a justiça dependem das plataformas digitais. Negligenciar a cibersegurança coloca em risco a prestação de todos estes serviços.

Do lado positivo, as carreiras futuras dependerão cada vez mais das competências digitais e das plataformas digitais. Esta plataforma devem ser segura para que o povo da África possa construir negócios, campanhas e outras iniciativas no espaço digital.

como continente, não podemos simplesmente ignorar a importância de desenvolver a resiliência cibernética para garantir o futuro dos africanos.