No segundo trimestre de 2024, o TikTok deu um grande passo para fortalecer a segurança na plataforma. A rede social removeu mais de 11 milhões de vídeos que violavam suas regras em nove países africanos . Entre os países com mais remoções, destacam-se o Egipto e a Nigéria, seguidos por África do Sul, Argélia, Somália, Líbia, Etiópia, Sudão e Marrocos.
Uma ação focada em segurança e moderação de conteúdo
Por que o TikTok tomou essa medida? Simples: a segurança dos usuários é prioridade. A plataforma está investindo pesadamente em moderação rigorosa , garantindo que vídeos que ferem normas de integridade, privacidade e segurança sejam retirados do ar.
Grande parte desse processo foi possível graças à tecnologia automatizada , que foi responsável pela remoção de 80% dos vídeos. Isso representa um salto de 62% em comparação ao mesmo período de 2023. Além disso, a capacidade da plataforma de detectar proativamente conteúdos problemáticos bateu um novo recorde, chegando a 98,2% de eficiência . E, se antes muitos vídeos removidos eram restaurados, agora menos da metade retorna à plataforma.
O Egito e a Nigéria no topo da lista
Quando olhamos para os números, o Egito liderou com 2,7 milhões de vídeos removidos, seguido pela Nigéria , que teve mais de 2,1 milhões de vídeos excluídos. Outros países, como a Argélia e a Somália , também tiveram mais de 1 milhão de vídeos retirados. A África do Sul , por sua vez, viu 614 mil vídeos sendo removidos da plataforma.
Contas banidas na África do Sul
Além de apagar vídeos, o TikTok também agiu com firmeza contra contas que quebraram as regras. Na África do Sul , foram banidas 143.998 contas , e o dado mais alarmante é que mais de 137 mil dessas contas foram entregues a usuários suspeitos de serem menores de 13 anos, uma faixa etária que não deveria estar na plataforma.
Novas medidas de privacidade para proteger menores
O TikTok não está parando por aí. Nos últimos meses, a rede social implementou novos controles de privacidade , focados principalmente na proteção de crianças. Esse cuidado já vem de algum tempo: em 2021, o TikTok pagou 92 milhões de dólares para resolver uma ação coletiva que acusava uma empresa de coleta ilegal de dados de adolescentes.
Os desafios de segurança no continente africano
Segurança é um tema delicado para o TikTok em vários países africanos. Em agosto de 2024 , o governo do Egito anunciou que adotará novos mecanismos para monitorar o conteúdo da plataforma, buscando garantir que o TikTok siga os valores locais. Enquanto isso, ativistas e jornalistas no país chegaram a pedir o banimento do aplicativo.
No Quênia , o governo decidiu não proibir o TikTok, mas impôs uma nova regra: agora, a empresa precisa apresentar relatórios trimestrais de conformidade . Essa foi uma maneira de aumentar o controle sobre o impacto negativo que a plataforma pode ter na sociedade.
Parcerias para aumentar a conscientização
Ciente dos desafios, o TikTok está buscando soluções. Em março de 2024 , a empresa firmou uma parceria com a Diretoria de Mulheres, Gênero e Juventude da Comissão da União Africana, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre segurança online entre jovens e pais africanos.
Essa campanha busca educar as famílias sobre como navegar com mais segurança na internet. E, para que a mensagem realmente chegue às pessoas, o TikTok está trabalhando em conteúdos adaptados a diversas línguas e culturas do continente.
Conselho Africano de Especialistas
Além disso, o TikTok formou um conselho africano de especialistas em internet e informações. Esse grupo vai liderar as iniciativas da empresa para combater o discurso de ódio e a desinformação na África Subsaariana.
Com essas ações, o TikTok tenta equilibrar o compromisso com a liberdade de expressão e a responsabilidade de proteger seus usuários. No entanto, o desafio é enorme, a plataforma ainda tem um longo caminho pela frente para enfrentar todos os obstáculos que surgem nesse mercado em constante crescimento.
Essa série de medidas mostra que o TikTok está em uma encruzilhada: por um lado, busca ampliar sua presença em mercados emergentes como o africano; por outro lado, precisa lidar com questões complexas de segurança e privacidade. Contudo será que essas iniciativas serão suficientes para garantir a confiança dos governos e dos usuários?
Fonte: TECHPOINT
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