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Tribunal Federal do Quénia Prolonga Bloqueio de Contas Ligadas a Ataque Cibernético de ₦10 Bilhões ao Hope PSBank
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Tribunal Federal do Quénia Prolonga Bloqueio de Contas Ligadas a Ataque Cibernético de ₦10 Bilhões ao Hope PSBank

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O Tribunal Federal Superior de Abuja decidiu prolongar o bloqueio de 818 contas bancárias associadas a um ataque cibernético de ₦10 bilhões ao Hope Payment Service Bank (Hope PSBank). A decisão foi tomada no dia 14 de outubro de 2024, após o pedido do Inspetor-Geral da Polícia (IGP), que solicitou mais tempo para continuar as investigações. Assim, as autoridades poderão obter mais provas sobre as contas suspeitas de receberem fundos do crime.

Tribunal Federal do Quénia Prolonga Bloqueio de Contas Ligadas a Ataque Cibernético de ₦10 Bilhões ao Hope PSBank
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Investigação e Extensão do Bloqueio

Inicialmente, a ordem de congelamento das contas tinha sido emitida no dia 24 de setembro de 2024, com duração de apenas 14 dias. No entanto, as autoridades policiais solicitaram a extensão do prazo, e o juiz James Omotosho aceitou o pedido, prorrogando o bloqueio por mais 30 dias. Com isso, a polícia terá tempo adicional para investigar as 818 contas envolvidas e recolher mais provas sobre o desvio dos fundos.

O processo judicial, identificado como FHC/ABJ/CS/1358/2024, envolve Shirsha Paul Terver e outros 817 réus, incluindo diversos bancos. As autoridades afirmam que os réus utilizaram essas contas bancárias para movimentar os fundos desviados de maneira fraudulenta durante o ataque. O advogado do IGP argumentou que a continuação do congelamento é necessária para impedir que os suspeitos fujam com os lucros do crime.

Detalhes do Ataque ao Hope PSBank

O ataque cibernético ao Hope PSBank aconteceu em julho de 2024 e causou prejuízos inicialmente estimados em ₦6,5 bilhões. No entanto, durante o processo, as autoridades confirmaram que o valor desviado chegou a ₦10 bilhões. Os criminosos transferiram rapidamente o dinheiro roubado para centenas de contas bancárias em vários bancos, o que dificultou o rastreamento e a recuperação dos fundos.

Em resposta ao ataque, o Hope PSBank agiu rapidamente ao desligar temporariamente os seus sistemas bancários para evitar maiores prejuízos. Em seguida, notificou a polícia no dia 18 de julho de 2024. A administração do banco também apresentou uma petição formal ao IGP, detalhando alegações de conspiração, lavagem de dinheiro e desvio criminoso por parte dos réus. A polícia já conseguiu rastrear parte do dinheiro roubado, mas o montante recuperado ainda não foi completamente divulgado.

Ação Judicial Contra Outros Bancos

Além das investigações em curso, o Hope PSBank também avançou com um processo separado no Tribunal Superior de Lagos contra 30 bancos que estariam envolvidos no caso. O Hope PSBank pretende congelar as contas onde depositaram os fundos e recuperar o dinheiro desviado. O banco demonstra total determinação em devolver integralmente o valor roubado.

Ameaças Crescentes à Segurança Bancária

Este incidente evidencia as crescentes ameaças cibernéticas enfrentadas pelo setor bancário nigeriano. No segundo trimestre de 2024, as fintechs do país registaram perdas significativas, com fraudes atingindo ₦42,6 bilhões. Este valor representa um aumento drástico em relação aos ₦468,49 milhões de fraudes registadas no primeiro trimestre de 2024.

Apesar dos esforços das instituições financeiras para reforçar as suas medidas de segurança, este ataque mostra que os criminosos continuam a encontrar formas de explorar vulnerabilidades. Assim, o caso do Hope PSBank destaca a necessidade de o setor bancário intensificar as suas estratégias de segurança digital, para garantir a proteção dos seus clientes e dos seus fundos.

O prolongamento do bloqueio das 818 contas bancárias envolvidas no ataque ao Hope PSBank representa um passo fundamental na tentativa de recuperação dos fundos roubados. Ao mesmo tempo, este incidente revela os desafios contínuos que as instituições financeiras enfrentam na luta contra o crime cibernético. Com a utilização crescente de novas tecnologias e sistemas bancários, torna-se essencial que o setor financeiro implemente medidas de segurança mais robustas para minimizar os riscos e garantir a confiança dos clientes.

Fonte: TECHPOINT