A faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) está a desenvolver uma plataforma inovadora que tem com o intuito fazer uma vigilância de doenças respiratórias de origem ambiental. Este projecto tem como foco principal, doenças que resultam de intoxicações atmosféricas e exposição a contaminantes, procurando avaliar os impactos diretos na saúde humana.
Aplicativo revolucionário na Vigilância de Doenças
Este aplicativo novo representa um avanço significativo no que diz respeito a vigilância epidemiológica. Desenvolvido no âmbito da OMS(Organização Mundial da Saúde), tem como foco em especial nas doenças respiratórias. Além disso, é o primeiro do género a ser adoptado em Moçambique para estes fins. Contudo com esta tecnologia, espera-se uma monitorização mais eficiente das condições de saúde que estão ligadas a factores ambientais.


Ferramenta Versátil e Adaptavel
Segundo a directora da Faculdade de Medicina da UEM, Alzira Ibrahimo, a plataforma tem um potencial para fazer a monitorização de outras doenças além das intoxicações ambientais. Além disso pode ser usada em dispositivos moveis e está equipada de com sistemas de geolocalização. Este recurso possibilita a comunicação directa com centros de saúde. Podendo assim facilitar a deteção precoce de problemas de saúde e a tomada de medidas adequadas.
“Este Sistema foi pensado para ser usado em todo o território moçambicano. A ideia é transmitir informações em tempo real, que será um grande benefício para a saúde publica”, disse Ibrahimo.
Parceria para o sucesso do projecto
A plataforma esta sendo desenvolvida por uma equipe de investigadores e programadores da UEM, em parceria com o CAGE (Centro de Agentes Geográficos e Geoespaciais), uma ONG que vem apoiando o projecto. Contudo segundo a Directora do Centro de Saúde da UEM, Eunice Jeque, esta parceria vai garantir com que o aplicativo seja amplamente acessível e eficaz no acompanhamento das condições de saúde em Moçambique.
Deteção Precoce para um melhor Controle de Doenças
Uma das grandes inovações deste aplicativo é a capacidade de poder detectar problemas de saúde de forma precoce. Assim, as autoridades estão a tomar rapidamente as medidas de prevenção, evitando assim complicações graves. Além disso, esta tecnologia permitira também fazer a monitorização da evolução de doenças ao longo do tempo e ajudar no planeamento de tratamentos prolongados, se necessário.
Implementação e Financiamento
As equipas já estão a implementar o projeto no sul do país, onde identificaram áreas com maior risco de contaminação atmosférica. Além disso, o financiamento deste projecto esta sendo assegurado pela Agência Internacional (IGA) sob a coordenação de Olivia Kwanha.
Contudo só para salientar a criação deste aplicativo pela UEM marca um passo importante na modernização do sistema de saúde em Moçambique, proporcionando para vigilância epidemiológica e proteção da saúde pública uma ferramenta essencial.
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