Moçambique está na frente quando o assunto é segurança cibernética entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). De acordo com o último Índice Global de Segurança Cibernética, publicado em setembro de 2024, o país está no topo dessa lista, destacando-se por seu empenho em proteger dados e redes contra ameaças digitais.
Mas o que realmente significa esse índice?
O relatório, produzido pelo Global Cybersecurity Index (GCI), é uma iniciativa que busca elevar os níveis de segurança digital ao redor do mundo. Além disso ele avalia a capacidade dos países de proteger suas infra-estruturas digitais, promovendo boas práticas, desenvolvimento de leis, treinamento de especialistas e parcerias estratégicas para enfrentar ataques cibernéticos.
Por que a Segurança Cibernética Importa?
A segurança cibernética é o que protege redes, dispositivos e dados contra acessos não autorizados e danos causados por hackers, malwares e golpes de phishing. Em termos simples, trata-se de garantir que informações confidenciais permaneçam seguras e disponíveis para quem precisa, e inacessíveis para quem não deveria ter acesso. Hoje, isso é essencial para empresas, governos e para a população em geral.
O relatório de 2024 baseia-se em dados coletados entre 2023 e 2024, abrangendo 194 países que responderam a 83 perguntas organizadas em cinco áreas principais: legislação, tecnologia, organização, capacitação e cooperação. Com isso, o GCI avalia a força da segurança cibernética em cada nação.
Moçambique: Um Exemplo de Progresso
Desde o último relatório em 2020, Moçambique apresentou uma evolução significativa. Esse avanço é fruto de várias melhorias implementadas. Como novas leis, planos de segurança nacional mais bem definidos, capacitação de profissionais e alianças estratégicas com parceiros nacionais e internacionais. Para aumentar a proteção de comunidades mais vulneráveis e ampliar o alcance das iniciativas, o governo também tem voltado seus esforços para garantir a segurança digital de grupos sub-representados.
Desafios pela Frente e o Apoio da Europa
Apesar desse progresso, o relatório aponta que Moçambique ainda tem espaço para crescer, especialmente no que se refere à conscientização pública sobre segurança digital. Contudo, há uma necessidade de investir mais em programas que ensinem a população a proteger seus dados e que, ao mesmo tempo, desenvolvam uma cultura de segurança no país.
Em breve, Moçambique contará com o apoio europeu para enfrentar esses desafios. O país irá aderir à Convenção Europeia sobre Crimes Cibernéticos, um tratado internacional que estabelece diretrizes para combater crimes digitais e proteger a segurança cibernética. Este tratado, criado pelo Conselho da Europa em 2001 e em vigor desde 2004, representa uma importante aliança para o país. Assim ampliando suas capacidades e abrindo portas para tecnologias avançadas, como a Inteligência Artificial, na luta contra o cibercrime.
Além disso Moçambique mostra ao mundo que está comprometido em criar um ambiente digital seguro, protegendo não só as informações das instituições, mas também a segurança de seus cidadãos.
Fonte: KABUM
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