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Moçambique entre oito países africanos mais atacados por cibercriminosos globalmente
Flyd/Unsplash

Moçambique entre os 8 países Africanos Mais ameaçados por Ciberataques

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A Check Point Software Technologies Ltd, empresa especializada em soluções de cibersegurança, divulgou o seu índice Global de Ameaças para janeiro de 2025, destacando os países africanos mais visados por ataques cibernéticos.

Ciberataques em crescimento em África

De acordo com o relatório, oito países africanos figuram entre os 20 mais atacados do mundo: Etiópia, Zimbabué, Angola, Uganda, Nigéria, Quénia, Gana e Moçambique. A Etiópia lidera a lista de 109 países analisados, enquanto os demais países africanos estão entre a 5.ª posição (Zimbabué) e a 17.ª posição (Moçambique).

Por outro lado, o Egito apresentou o melhor desempenho no continente, ocupando a 97.ª colocação no índice, com um Índice de Risco Normalizado (IRN) de 31,1%.

A Nigéria registou um aumento significativo nos ataques, passando do 13.º lugar em dezembro de 2024 para o 11.º em janeiro de 2025. Em contrapartida, Gana teve uma ligeira melhora, descendo da 11.ª posição para a 16.ª.

Sectores mais visados por Ciberataques

Os cibercriminosos direccionaram os seus ataques, principalmente, para os seguintes sectores:

  • Educação
  • Governo
  • Telecomunicações

Principais ameaças identificadas

O estudo revelou que as três principais famílias de malware presentes nos países analisados são:

  • FakeUpdates: malware identificado pela primeira vez em 2018, que se disfarça de atualizações falsas do navegador para enganar os utilizadores e instalar programas maliciosos.
  • Formbook: malware de roubo de informações descoberto em 2016, que ataca sistemas Windows e rouba palavras-passe e dados pessoais.
  • Remcos: trojan de acesso remoto (RAT) detectado desde 2016, distribuído através de documentos maliciosos, permitindo que hackers controlem remotamente os computadores comprometidos.

Ransomware e malware móvel

Os ataques de ransomware também aumentaram, com os seguintes grupos a destacar-se:

  • Clop: responsável por 10% dos ataques registados.
  • FunkSec: ligado a 8% das ofensivas.
  • RansomHub: com uma taxa de 7%.

No que toca ao malware móvel, os mais frequentes foram Anubis, AhMyth e Necro.

O impacto da Inteligência Artificial na cibercriminalidade

Investigadores de segurança alertam para o crescente uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) por cibercriminosos. Em África, verifica-se um aumento no uso de IA generativa para contornar sistemas de verificação tradicionais. Criminosos digitais estão a recorrer a esta tecnologia para criar documentos falsos hiper-realistas, vídeos, imagens e vozes sintéticas, facilitando roubo de identidade e fraudes financeiras.

Maya Horowitz, vice-presidente de Pesquisa da Check Point Software, enfatiza que “a IA está a transformar o panorama das ameaças cibernéticas, permitindo que criminosos evoluam rapidamente, automatizem ataques e aumentem a sua escala de operação”. Para combater essas ameaças, as empresas devem adoptar soluções de segurança baseadas em IA, capazes de antecipar riscos emergentes e reforçar a protecção digital.

Fonte: TechPoint